quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Os Últimos a Sair"

"- Diabos? Eu não consigo entender essa expressão… - a conversa foi interrompida por um grito de um dos agentes.


A primeira das pessoas a ser libertada estava à porta do edifício, fazendo sinal com um lenço de papel branco para que a deixassem sair.

- Aposto que também aquela mulher te vai conseguir explicar o que se está a passar dentro da cabeça do homem que a manteve refém… Até aposto que ela está do lado dele.

- Ai… Não vens tu também com aquela conversa da síndrome de Estocolmo…"

"- O que aquela mulher disse…


- Eu já vivi tudo o que aquela mulher disse e muito mais do que isso. E esse António também. É por isso que ele está lá dentro, com uma arma, em busca de alguma justiça, mas, sobretudo, em busca de por um fim a isto. Deixa-o. Deixa-o fazer o que ele tem a fazer.

- Ouviste bem o que acabaste de me pedir? Eu não posso deixar que um homem mate outro, por mais razões que ele tenha. E desculpa lá que eu te diga, também não me parece que tenha assim tantas… - João levantou-se e agarrou um braço de Correia com toda a força que as algemas lhe permitiam ter." in "Os Últimos a Sair", "Pequenas Histórias para Entreter"

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