segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Dívida de Honra"

"E a carta do meu primo também não explica nada. Ele não sabe escrever muito bem… – o homem estendeu a carta a Renato, que cada vez percebia menos o que se estava a passar.


Olhou para Pedro, que mexeu o braço, agitando o jornal e a carta para que Renato lhes pegasse. Agarrou nos dois e, segurando a carta entre dois dedos, sacudiu o jornal. Percorreu a primeira página com os olhos, apressadamente, procurando algo que se referisse à sua vida na cidade, mas não encontrou nada. Apenas uma fotografia enorme, a ocupar quase a totalidade da página, de um ajuntamento de gente, aparentemente feliz, de braços no ar e sorrisos de orelha a orelha. No topo da imagem, podia ler-se a palavra Revolução."

"Dívida de Honra"

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