sexta-feira, 20 de agosto de 2010

“O Cravo e a Sepultura”



“O Cravo e a Sepultura”, in "Pequenas Histórias para Entreter" (www.bubok.pt)


"Ajoelhou-se junto à sepultura e percebeu enfim o que era o objecto suspeito. Uma flor, um cravo vermelho, fresco, tão fresco que se o sacudisse soltaria de certo uma pequena chuva de pequenas gotas.
Voltou a olhar em redor. Afinal, não fora apenas impressão sua, alguém estivera realmente ali. O seu coração começou a bater mais depressa."

"Pegou no cravo e roçou-o suavemente pelo rosto, desfrutando do fresco das pétalas na sua pele. Cada vez que fazia tal ficava com a sensação que o cheiro ficava impregnado em si, como se fosse seu.
Acabou por adormecer, encostado à sepultura."

"Já quase sentia falta daqueles olhares desconfiados de quem por ele passava, das pessoas que paravam a observá-lo como um qualquer animal raro."



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